Saturday, August 27, 2011

Travels

Some friends say I travel a lot so I've decided to do some statistics since it's been almost a year I moved back to London. So, in
12 months I've made
40 flights in
19 trips, from which
12 times to Portugal and
7 outside,
3 new places and
0 new countries.

Same will say it's a lot but I do know some people who travel more than that, usually professionally or academically. On average I went to Portugal once a month for festivities, birthdays, weddings and to visit family and friends. Ironically I don't know the UK that well which is a shame.

Tuesday, June 28, 2011

Juhannus

Juhannus is Finland's celebration of Midsummer (equivalent to S. João in Portugal) and it's their most important holiday after Christmas. During Juhannus Finns flee from the cities into wood cottages near the water. This year I was fortunate to be invited to celebrate Juhannus in Finland with 20 people from all over Europe.

My trip didn't start the best way, my first flight (to Helsinki) was delayed 40 minutes. Upon arrival I had to run full speed to my next flight's boarding gate barely arriving on time to find out that flight was late 40 minutes. Life has its ironies... From Helsinki I flew to Tampere from where part of our group drove to the eastern coast, somewhere around here (google maps).


We reached a peer and took a boat to my friend's cottage which is in small island with some other 10 cottages.


The cottage has no running water or toilet but it has a sauna! The toilet was located outside in another sort of cottage. And it has a window so one could contemplate nature while he did his thing :) Quite relaxing!


But life in the cottage implies working, usually before doing sauna, or as the Finns say sauna Hiki (to sweat before sauna).


Here is a boulder we dug up to move it to the lake. It took some 5 or 6 of us, a couple of heavy metal rods and two logs used as levers and a hour or so. But after that hard work the sauna felt sweeter :)


Juhannus is all about tradition, so we had Karelian Pies for breakfast (pastries filled with rice and covered with egg butter).

We also had our Juhannus birch tree.

On Juhannus night we did a big bonfire near the sea, of course.

We also had 90 liters of Sima, a typical Finnish homemade brew ranging from 5% to 9%. Very pleasant and refreshing :)

And on Juhannus day we had pea soup! Not the best tradition...

Another Finnish tradition, the vihta, made of boughs of birch tree it's used in the sauna to beat oneself on the back for relaxing the muscles and calm the skin after some mosquito bites (which were huge there). We ended up beating each other not very gently :)
After sauna we usually went to swim in the sea which felt quite good. We usually alternate between sauna and sea some three times. Here's the access we used to dive in the sea.

We usually would this till quite late. At that latitude it never really became dark so we never quite knew what time it was... The sun rose at 4:30

The rest of our cottage life was relaxing, some traditional games, some barbecues...
Enjoying nature...

And of course, drinking.

Saturday, June 18, 2011

O Student Loan

Uma das coisas que tenho vindo a apreciar no Reino Unido é a forma como eles financiam as licenciaturas. Em vez de se recorrer à ajuda dos pais, tipicamente financiam-se usando o Student Loan. Aqui, a partir dos 18 anos existe uma forte independência financeira dos pais aliás, ouvi várias vezes casos em que os pais emprestam dinheiro aos filhos em vez de o darem.

O Student Loan é um empréstimo oferecido pelo governo para pagar as propinas e despesas relacionadas com a faculdade. A taxa de juro é 3% mais inflação. E (esta é a parte que é interessante) o empréstimo só começa a ser pago quando o aluno aufere um salário superior a £15000 anuais, sendo as prestações automaticamente deduzidas do seu salário. Isto é interessante, porque um aluno que tire um curso e fique no desemprego não tem que o pagar.

Recentemente o governo inglês aumentou as propinas das universidades para que estas fossem, quase na integra, pagas pelos alunos em vez de financiadas pelo povo inglês. Isto gerou alguma controvérsia e confusão, mas associado ao Student Loan tem uma vantagem: a educação superior é aberta a todos e financiada pelos que beneficiaram dela!

Sunday, June 12, 2011

Justiça inglesa: despesas dos Membros do Parlamento

Este assunto não é propriamente novidade, mas no outro dia vi umas penas de prisão serem anunciadas e achei que valia a pena escrever sobre isto.

Em 2009 o Telegraph expôs Membros do Parlamento (MP) que fizeram pedidos de reembolso de despesas indevidos. Os MPs têm direito a ser ressarcidos por despesas feitas no exercício dos seus cargos e na altura não havia um controlo das mesmas, limitavam-se a confiar na sua palavra. Com o trabalho do Telegraph veio-se a descobrir casos de MPs que recebiam reembolsos por casas que não utilizavam ou, por exemplo, que uma MP pediu o reembolso de uma conta de TV por cabo que incluía canais para adultos. Na altura isto foi um enorme escândalo, nenhum contribuinte gosta de descobrir que anda a pagar este tipo de entretenimento ao pessoal do parlamento.

Uma grande investigação foi lançada e os nomes de todos os MPs que reclamaram despesas indevidas foram publicados, bem como o montante "roubado" e foram obrigados a devolver esse dinheiro (podem consultar a lista aqui). Mas, como descobri recentemente, a coisa não ficou por aí e vários MPs foram acusados judicialmente e apanharam penas de prisão que chegam aos 18 meses!

Acho isto um excelente exemplo de como ninguém está acima da lei. Estes infractores acabaram mesmo por pagar um preço mais pesado por serem pessoas que deveriam dar o exemplo. Pena que noutros países os políticos nunca cheguem a ser acusados por delapidar o erário público ou levem apenas palmadas nas mãos.

Koninginnedag

Koninginnedag or Queen's Day is a national holiday in the Kingdom of the Netherlands. Celebrated on 30 April (the 29th if the 30th falls on a Sunday), Koninginnedag is Queen Beatrix's official birthday. (...)

Koninginnedag is known for its nationwide vrijmarkt ("free market" or flea market), at which many Dutch sell their secondhand items. It is also an opportunity for "orange madness" or oranjegekte, for the national colour, when the normally straight-laced Dutch let down their hair, often dyed orange for the occasion.
-- Wikipedia

This year I went to my first Queen's Day. I flu to Amsterdam on a Thursday (gladly Prince William got married on Friday so no need to waste a vacation day) and got there in time for dinner and then a techno show featuring Richie Hawtin & Marco Carola!

Next day there were some preparations for Queen's Day such as buying beer and lastly there was Queen's Night. Queen's night is like the warm up for next day. We had dinner at a friend's place, went out to a square where there was a stage with live music and lastly we hit some bars. The streets were crowded and a general good mood with most people dressing orange. In the end riding our bikes home was quite an adventure :)


Finally Saturday. We all put on our orange shirts, mine already had a few years but was the first time I wore it. We managed to go out around 14h which was rather late as festivities start in the morning. On Queen's Day the streets are full of stands selling all sorts of things, everybody is dressed orange and most people are drinking and carrying beers (we had backpacks full of them).



Every other square has a stage with music and people dancing. The atmosphere is fantastic!




People celebrate not only on the streets but also at home and in the canals.


And dress in all sorts of ways...




At 20h all stages close down (strangely early) but I suppose it's because there is a lot to clean...


For us the party continued indoors where he had music and some 80Lt of beer for 40 people! Surely an unforgettable day...

Wednesday, June 01, 2011

A efectividade no trabalho

No outro dia um amigo meu perguntava-me acerca do meu contrato aqui, se já era efectivo ou parte dos quadros. A minha reposta foi um "mais ou menos", porque realmente não é muito fácil fazer um paralelo entre a minha situação cá e os contratos de Portugal, mas vou tentar fazer aqui a ponte entre as duas realidades.

O meu contrato é de facto sem termo o que por definição me torna "efectivo", mas fazendo parte de um Graduate Programme é esperado que progrida para a posição de Associado em 2 ou 3 anos. Se tal não acontecer posso começar a procurar emprego noutro lugar, o que de certa forma se aproxima de uma cultura up or out, mas mais moderada que certas consultoras de topo. Nos degraus acima não há tanta pressão para se ser promovido, mas más avaliações consecutivas levam ao mesmo destino. Podem ler no meu post anterior sobre como essas avaliações são feitas. Em tempos de crise, como há dois anos atrás, não são necessárias muitas avaliações negativas para se ser despedido, basta estar-se entre os piores. Nessa altura a empresa despediu muita gente de vários níveis hierárquicos para conseguir sobreviver à crise.

O despedimento de um efectivo aqui é bastante mais fácil que em Portugal, mas isto também tem as suas vantagens:
  • É mais fácil uma empresa cortar a "gordura" nos maus momentos, sobreviver-lhes, e voltar a contratar nos bons momentos (em vez de sucumbir sobre o seu próprio peso).
  • Nos bons tempos, permite à empresa renovar-se com pessoal mais qualificado. Quem consecutivamente tem avaliações negativas obviamente escolheu o emprego errado.
  • Move o papel social de garantir um salário (mesmo a quem não o merece) para o estado em vez de ser a empresa a fazê-lo.
  • Não se desmotivam os trabalhadores (que realmente trabalham) por verem colegas não merecedores a serem recompensados.
  • Resumidamente, torna as empresas mais eficientes e eficazes.
O Reino Unido é dos piores países no que toca ao proteccionismo no trabalho, mas isso contribui para a sua economia pujante. No outro extremo, temos Portugal, um dos países onde existe maior protecção dos efectivos. Num artigo muito bom de Álvaro Santos Pereira, este explica como a reforma laboral acordada com Troika nos pode ajudar a melhorar a nossa situação. Nesse artigo ele mostra este gráfico da OCDE:

Indíce de protecção do emprego (0 para menos protecção, 6 para mais protecção) na OCDE
O que não é imediatamente óbvio é que este proteccionismo promove a precariedade do emprego. Devido à dificuldade (ou quase impossibilidade) de despedir um efectivo as empresas evitam ao máximo tornar quem quer que seja em efectivo. Não consigo censurar a Merkel por sugerir que Portugal devesse baixar o seu proteccionismo no emprego para os níveis da Alemanha, ainda estaríamos bem acima da média da OCDE e ajudar-nos-ia a diminuir o desemprego. A "justa causa" necessária para despedir um empregado é tão generosa que permite a este roubar dinheiro ao patrão e, após ir a tribunal, manter o emprego. Mais detalhes sobre esta história aqui. A triste realidade é que ser efectivo em Portugal dá uma garantia semelhante à reforma: um salário sem ter que fazer nada. Lembro-me de uma história caricata e de fonte segura, que num certo hospital para "despedirem" enfermeiros incompetentes colocavam-nos num serviço em que passavam os dias sozinhos a fazer tarefas aborrecidas, na tentativa destes desistirem e se demitirem. Foi a isto a que chegámos! Aqueles que chegaram tarde, e até são bons, não conseguem empregos efectivos porque os patrões têm medo que se acomodem...

Não sugiro saltarmos subitamente para as leis do Reino Unido, mas precisamos de flexibilizar o nosso código do trabalho para promover uma meritocracia e vencer esta crise.

Tuesday, May 31, 2011

Avaliação no trabalho

Em conversa com amigos portugueses apercebi-me que todos eles, nos seus empregos, são apenas avaliados pelos seus chefes e os seus chefes pelos chefes deles. Ora isto é um sistema muito unidireccional que permite aos chefes fazerem um mau trabalho perante os seus subordinados e, por outro lado, os subordinados terem que "dar graxa" para conseguir uma avaliação decente. No fim, alimenta aquilo a que eu chamo a cultura do "chefe glorificado" em que as chefias mandam e os subordinados obedecem. Um modelo bastante desadequado desde que saímos da Era Industrial e em que, muitas vezes, os subordinados estão tecnicamente mais habilitados que os seus chefes!

Como funciona a avaliação na minha empresa aqui em Londres. Digo Londres, mas neste caso podia ser qualquer lugar no mundo já que é uma multinacional e todos os empregados usam o mesmo sistema. Temos um sistema informático onde anualmente os empregados introduzem os seus objectivos anuais, acordados com o seu chefe, que devem ser mesuráveis e atingíveis. Duas vezes por anos são avaliados contra esses objectivos, a primeira vez é informal e serve de ensaio à 2ª avaliação que é formal e final. Quem avalia quem?
  • Todos os chefes avaliam todos os seus subordinados directos (sem surpresa);
  • Todos os empregados avaliam os seus chefes directos;
  • Tipicamente, todos os empregados avaliam os seus colegas de equipa e de outras equipas com quem interagem regularmente;
  • Qualquer empregado pode pedir feedback a outro empregado com quem trabalhou;
  • É ainda possível ao empregado pedir feedback via email a freelancers, a vendedores externos e clientes com quem trabalha.
As pessoas que estão a ser avaliadas não sabem o que os seus avaliadores dizem de si, o resumo/resultado é apenas comunicado no final. Em cada ano, formam-se comités de avaliação responsáveis por avaliar os empregados por escalão de carreira. Dentro de cada escalão, as pessoas são divididas entre aquelas que excederam as expectativas, as cumpriram e as que não cumpriram as expectativas. Os melhores recebem maiores bónus e promoções. Empregados que repetidamente não cumprem as expectativas são "convidadas" a sair.

É um sistema perfeito? Não. Há sempre empregados que interagem com poucas pessoas e por isso têm pouco feedback disponível mesmo estando a fazer um bom trabalho. Mas garante que uma pessoa seja avaliada por todas as pessoas com quem trabalha e obriga a que qualquer chefe trate bem os seus subordinados para ter qualquer tipo de reconhecimento.

Isto não me parece nada complicado de implementar em qualquer corporação relativamente grande ou serviço público, mas tenho a certeza que iria abalar alguns "poderes instituídos". Apenas sistemas de avaliação em que todos avaliam todos podem ser realmente justos (ou aproximarem-se disso).

Saturday, May 28, 2011

Cashback

O cashback é um serviço muito útil existente aqui no Reino Unido que permite "levantar" dinheiro dos operadores de caixa de supermercado nos pagamentos com cartão de débito. Ao fazer a compra o cliente indica que quer cashback, diz o valor que é acrescentado ao recibo, paga e recebe o dinheiro, poupando uma ida ao multibanco. Para os comerciantes tem a vantagem de diminuir as quantidades de dinheiro que têm de transportar e depositar nos bancos. Todos ficam a ganhar :D

A incompetência dos nossos serviços públicos

Se há uma coisa que me tira do sério é a incompetência dos nossos serviços públicos. Não sei se é falta de formação, se é por não terem autoridade ou uma mistura de ambos, mas há uma atitude instituída de "chutar para canto" em vez de resolver os problemas.

Há uma semana contactei o Consulado de Londres sobre a possibilidade de lá votar como "cidadão deslocado", visto já ser demasiado tarde para me recensear. O período de recenseamento terminou 60 dias antes das eleições, quase quando o 1º Ministro de demitiu. Em vez de me responderem às questões que lhes coloquei deram-me os folhetos para eu os interpretar e depois reencaminharam-me para a Administração Eleitoral, quando eles necessitam desta informação para receber o meu voto (caso lá apareça). A única coisa que tenho a dizer em seu benefício é que responderam em 1 dia útil o que já não é nada mau! Em baixo fica a transcrição da comunicação:

Enviada: quarta-feira, 25 de Maio de 2011 9:43
Para: mail@cglon.dgaccp.pt
Assunto: Voto nas Legislativas 2011

Bom dia,

Mudei-me recentemente para Londres e ainda não me encontro inscrito no consulado, mas pelo que percebi do Portal do Eleitor (http://www.portaldoeleitor.pt/Legislativas2011/Paginas/VotoAntecipadoLegislativas2011.aspx), posso votar como eleitor deslocado no estrangeiro, certo?

Gostaria assim de marcar uma hora para ir aí votar. Tenho preferência pelas 8:30, alguma possibilidade nesta semana ou na próxima?

Obrigado,


From: Consulado Geral de Portugal em Londres [mailto:mail@cglon.dgaccp.pt]
Sent: 25 May 2011 13:26
Subject: RE: Voto nas Legislativas 2011

Exmo(a). Senhor(a),

O Consulado Geral de Portugal em Londres acusa a recepção do seu e-mail e vem por este meio informar V. Exa. de que o período do recenseamento eleitoral terminou no passado dia 5 de Abril de 2011, ou seja, 60 dias antes da data das eleições.

Para verificar se porventura já se encontra recenseada nos cadernos eleitorais deste Consulado Geral por favor consulte http://www.recenseamento.mai.gov.pt

Com referência ao voto antecipado no estrangeiro poderá consultar os anexos que junto se envia sobre o assunto para verificar se se insere nessas condições.

3, Portland Place

LONDON

United Kingdom

W1B 1HR

Com os melhores cumprimentos,

O Consulado Geral de Portugal em Londres

LS



Enviada: quarta-feira, 25 de Maio de 2011 13:38
Para: Consulado Geral de Portugal em Londres
Assunto: RE: Voto nas Legislativas 2011

Boa tarde,

Nesse caso gostava de que me confirmasse se o meu contrato de trabalho aqui de Londres é um documento que comprova "suficientemente a existência do impedimento".

Acerca do cartão de leitor, pensava que este tinha substituído pelo Cartão de Cidadão, preciso de ambos ou basta o último?

Quando posso dirigir-me ao Consulado para votar? Seria possível fazê-lo amanhã às 8:30?

Muito obrigado,

From: Consulado Geral de Portugal em Londres [mailto:mail@cglon.dgaccp.pt]
Sent: 26 May 2011 12:06
Subject: RE: Voto nas Legislativas 2011

Exmo(a). Senhor(a),

Com referência ao seu e-mail o Consulado Geral vem por este meio informar V. Exa. de informações adicionais sobre o voto antecipado poderão ser requeridas através do seguinte endereço de e-mail adm.eleitoral@dgai.mai.gov.pt



Enviada: quinta-feira, 26 de Maio de 2011 13:27
Para: Consulado Geral de Portugal em Londres
Assunto: RE: Voto nas Legislativas 2011

Desculpem, mas estou confuso. Para votar terei que me dirigir às vossas instalações, pelo que vocês terão que saber se os documentos que possuo são os necessários, correcto? Mesmo que a Administração Eleitoral me esclareça as minhas dúvidas, vocês próprios também necessitam dessa informação para me darem o boletim de voto. Estou errado? Logo, não é do vosso interesse esclarecer essa informação?!

Fico com a impressão que votar não é um direito, mas sim uma luta. Vocês não estão a prestar um bom serviço a este cidadão residente em Londres.

Cumprimentos,

From: Consulado Geral de Portugal em Londres [mailto:mail@cglon.dgaccp.pt]
Sent: 27 May 2011 14:50
Subject: RE: Voto nas Legislativas 2011

Exmo(a). Senhor(a),

O Consulado Geral de Portugal em Londres acusa a recepção do seu e-mail e vem por este meio informar V. Exa. de que dado o grande volume de e-mails recebidos diariamente por estes serviços (cerca de 500 e-mails diários), os mesmos só são verificados no dia seguinte. Novamente se envia em anexo a informação relativa ao voto antecipado para conhecimento.

Com os melhores cumprimentos,

A forma cobarde como esta troca de email terminou roça a má educação. Foram capaz de responder duas vezes rapidamente, mas quando expressei o meu descontentamento, subitamente, tinham um grande número de emails para responder.

Não percebo quem é susposto prestar um serviço a quem...

Sunday, May 08, 2011

Quando os amigos se tornam família

Uma das coisas que me apercebi ao viver no estrangeiro, e conhecer outras pessoas na mesma situação, é que os nossos amigos se tornam a nossa família. Quando precisamos de alguma coisa, pequena ou grande, são eles que nos desenrascam. E essa ajuda vem muitas vezes sem sequer ser requisitada.

Wednesday, April 27, 2011

A crise portuguesa não foi causada pela crise internacional

Ao contrário da mensagem que o actual governo teima em passar, a crise Portuguesa não se deve à crise internacional de 2008, mas é sim uma crise estrutural. Exibo aqui um gráfico tirado de Desmitos:


Em 2005 já a nossa dívida pública ultrapassava os 60% do PIB, limite acordado para a Euro-zona. Em 2008 estávamos à beira do abismo, perto dos 70%, e a crise internacional deu-nos o empurrão que faltava.

O quê que o actual governo fez entre 2005 e 2008? Gaba-se de ter reduzido o défice, mas na verdade fez uma série de manigâncias como as PPP que apenas esconderam os gastos reais e agora fizeram disparar a dívida pública para valores record (mais detalhes aqui).

E todo este endividamento que contraímos valeu a pena? Basta olharmos para o nosso crescimento entre 2000 e 2008 para concluirmos que não. Nesse período ficávamos a dever mais 10% e apenas crescemos 1%:



Outro artigo um pouco elaborado sobre isto:
Ainda o mito da crise internacional

Precisamos de mudanças muito sérias para tornarmos o nosso país sustentável. O nosso actual modelo de governação já provou não resultar.

Larguem os "mercados"!

Com a crise a imprensa falou-se imenso nos "mercados", "mercados" para aqui, "mercados" para ali como se fosse algum tipo de monstro com vida própria e vontade de nos fazer mal. Ou como se fosse uma conspiração. Os ditos mercados são apenas lugares (físicos ou electrónicos) onde investidores e entidades financeiras negoceiam instrumentos financeiros sem maquinar esquemas diabólicos para derrubar países.

Pensemos numa praça, se o dia corre mal e se pesca pouco peixe o preço tende a subir. Depois de lá irmos e apenas comprar uma sardinha (que terá de alimentar 3 nesse dia) ninguém fala de conspirações da praça.

Mas vamos mais longe, imaginemos que nós (Portugal) vendemos peixe (dívida) nessa praça e que o nosso peixe não é muito fresco. É natural (os investidores) não nos darem muito dinheiro (bons juros) por ele... Culpar os "mercados" é apenas um desculpa de mau pagador.

Saturday, January 08, 2011

Eu não quero ir à máquina zero

Até hoje só tinha cortado o cabelo à máquina zero uma vez e, como não gostei, nunca mais o fiz. Desta vez não tive muitas hipóteses...

Primeiro cortei o cabelo com pente #1 como é habitual. Como corto o meu próprio cabelo, antes de dar a tarefa como concluída, limpo a máquina e dou uma última passagem por toda a cabeça para garantir que não ficou nenhuma parte por cortar. Assim o fiz, tirei o pente, sacudi todos os cabelos e pimba! Fiz uma passagem à máquina zero com orientação diagonal da frente da cabeça até atrás. Havia me esquecido de pôr o pente para esta última fase... Resultado: parecia ter uma pista de aterragem no topo da minha cabeça:S Depois seguiu-se um solilóquio:

- "Isto se calhar não se nota..."
- "Não, está mesmo mau"
- "Será que posso só rapar o topo da cabeça?"
- "Pareceria um frade ou um idiota"
- "Que se lixe, rapa-se tudo"

E assim fiquei com a cabeça rapada à máquina zero. Para ser honesto, até nem acho que esteja assim tão mau.